Vozes.
Rios de sons.
Chuvadas de frases.
Borbulhar de ideias.
Cacofonia.
Caos!
Fiapos desavindos,
rasgões de silêncio,
Mas, lá no âmago,
linhas de coser
por coser
Dos lados escuros da cidade,
dos jardins povoados
por deserdados,
das casas sem sol,
das esquinas
da vida árdua,
das docas molhadas de sol,
das tertúlias da solidão,
vozes
que calavam
agora
sussurram,
perguntam-se
cantam,
gritam
Até quando? Até quando?